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“Introdução aos comentários sobre escritos técnicos de Freud” de Jaques Lacan.


A partir das hipóteses acerca dos instintos do homem e suas angustias, surgi através de Freud à psicanálise, formando a concepção da neurose e o estudo do inconsciente.


Durante toda a existência da humanidade, o homem tentou encontrar a cura para seus sofrimentos, Lacan em Sua Obra “Introdução aos comentários sobre escritos técnicos de Freud”, posiciona-se claro em suas concepções, relatando a importância da psicanálise e o papel do terapeuta no setting analítico com seu paciente em saber lidar com as angustias e ao mesmo tempo supera-las, produzindo o sentido à humanidade no atual mundo moderno.


Destacarei a posição de Lacan, nos seguintes papeis: Psicanálise, Inconsciente, Linguagem, Resistência, Fantasia e Real. Todos esses aspectos serão abordados em uma análise, baseado nos pensamentos de como Lacan chegou às afirmações do papel da psicanálise e o lugar da terapeuta na construção do sujeito no mundo moderno.


Para abordar e formar as concepções das novas perspectivas da posição da psicanálise perante a sociedade na construção do sujeito e o papel da psicanálise no mundo atual, basearei na leitura do livro “Introdução aos comentários sobre escritos técnicos de Freud” de Jaques Lacan. O autor em sua obra, através do conceito de Freud em “Escritos técnicos de Freud” sendo um termo fixado por certa tradição, escritas estas de 1904 a 1919, cujo tema era o método psicanalítico. Nessas escritas Freud aborda noções fundamentais para compreender o modo da ação terapêutica analítica, a noção de resistência e a função da transferência, modo de ação e da intervenção da transferência e até certo ponto o papel essencial da neurose de transferência. Lacam de uma forma metafórica reflete todos esses temas em sua obra “Introdução aos comentários sobre escritos técnicos de Freud”. Colocando uma nova ênfase sempre mantendo fidelidade a obra de Freud, deu a ela, no entanto, um viés filosófico e linguístico, ampliando sua compreensão, uma visão mais abrangente do ser humano ao situá-lo no campo social por meio da linguagem. Serão destacadas algumas frases de Lacan em sua obra, refletindo: Quais foram seus pensamentos e o que trouxe para a psicanalise moderna. Na visão de Lacan, Freud em sua obra coloca concretamente o exercício de sua autoridade para assegurar, o futuro da análise, sendo imperativo na maneira pela qual deixou organizar-se em volta dele à transmissão de seu ensino. Lacan em sua obra partirá da atualidade da técnica de Freud, do que se diz, se escreve e se pratica à técnica analítica. O autor relata em sua obra no parapeito de algum pedaço da obra de Freud, que se dá a garantia de que ainda está em comunicação com seus colegas, sendo por intermédio da linguagem freudiana que uma troca é mantida entre praticantes que manifestamente possuem concepções diferentes da sua ação terapêutica, e, além do mais, da forma geral dessa relação inter-humana que se chama a psicanálise, ou seja, com efeito, elaborar a noção da relação do analista e do analisado é a via na qual se engajaram as doutrinas modernas para tentar reencontrar uma base que corresponda ao concreto da experiência. Neste momento de sua obra Lacan relata a importância de reagrupar os estudos sobre a relação de objeto, sobre a importância da transferência, e sobre certo número de termos conexos entre os quais, no primeiro plano, a fantasia, onde o autor leva em conta a inter-relação imaginária entre o analisado e o analista, usando o termo do Sr. Baint “Two-bodies’ psychology” o qual tomou emprestado de Rickman, Lacan relata que: “ não há uma “Two-bodies’ psychologty” sem que intervenha um terceiro elemento. Se a palavra é tomada como ela deve ser, como ponto central de perspectiva, é uma relação a três, e não uma relação a dois, que deve formular na sua completude, a experiência analítica. ” Afirma o autor que pode-se colocar o acento sobre uma ou outra das três relações didáticas que se estabelecem dentro do setting analítico, onde o elemento essencial, construtivo, estrutural do progresso analítico é a reconstituição completa da história do sujeito, ou seja o interesse, a essência, o fundamento a dimensão da própria analise, é a reintegração, pelo sujeito, da sua história até seus últimos limites individuais.


Lacan afirma em sua obra “A história não é passado. A história é o passado na medida em que é historiado no presente- historiado no presente porque foi vivido no passado- O caminho da restituição da história do sujeito toma a forma de uma procura da restituição do passado. Essa restituição deve ser considerada como ponto de mira visado pelas vias da técnica”, o autor ainda afirma que Freud acentua sempre a restituição do passado, mesmo quando, com a noção das três instâncias entre as quatro paredes da análise. Onde o sujeito revive, rememora, no sentido intuitivo da palavra, onde os eventos formadores da sua existência não são em si mesmo, tão importantes, sendo o que conta é o que ele reconstrói no momento do setting.


Ao Lacan afirmar que Freud em seus textos no setting o essencial é a reconstrução do sujeito, Lacan coloca o termo afetivo, onde o sujeito lembre-se de algo sendo verdadeiramente dele, como tendo sido para o sujeito verdadeiramente vivido, ou seja, o sujeito rescreve a história, formulando e permitindo situar em diversas indicações em que ele nos pequenos detalhes e nos relatos de sua análise, tornará a terapia uma espécie de descarga homeopática, e a fantasia será uma relação do real.


Em relação ao ego Lacan coloca: “ O que é o ego? Em que o sujeito, estará ele preso, que é, afora o sentido das palavras, bem outra coisa – a linguagem cujo o papel é formador, fundamental na sua história. A propósito dos escritos técnico de Freud, teremos que nos colocar essas questões que vão longe- com a única condição que seja, inicialmente, em função das experiências de cada um de nós. ”, Lacan ainda afirma que na sessão os comportamentos dos analistas estão igualmente distantes da elaboração teórica, mesmo que estas técnicas não coincida Lacan relata que nem por isso estrutura, motiva as intervenções dos analistas aos seus pacientes, onde durante a análise acontece a intervenção do ego do analista, podendo este à medida que acontece ser o real no momento do setting.


A posição da Psicanálise para o autor perante a humanidade é uma necessidade necessária, sendo o sintoma de mal-estar do indivíduo que está em análise, pois abre espaços para o homem falar de suas angustias.


Para Lacan, a análise se ocupa com algo que não funciona, o qual ele o chama de “O real”, ou seja, a perda de um objeto, que gera ao indivíduo a angustia de tê-lo, e o que não funciona “O real”, é a falta de sentido ao homem, causando assim a suas angustias e gerando o mal-estar no qual a humanidade está inserida.

 

Bibliografia


Lacan, Jaques. Introdução aos comentários sobre escritos técnicos de Freud.


Roseli D Morais

Formação: Matemática e física; Especialização em pedagogia e Psicopedagogia; Psicanalista/didata; Grafóloga; Cursos especializados em Programação Neurolinguística, Hipnose e regressão; Cursando Pós Graduação em Psicologia Psicanalítica.

Atuante nas áreas: Terapeuta/didata; Proprietária do Instituto Roseli D Morais; coordenadora e professora do Instituto de Desenvolvimento Carlos R. Mussato; coordenadora do CAPS na secretaria de Saúde no Município de Nova Odessa; Palestrante e consultora na área de relações humanas em empresas privadas.


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