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Depressão

Considerada como uma das doenças que mais presente na sociedade nos dias atuais, o deprimido sofre e mostra incapacidade para controlar conflitos.

Depressão
Depressão, uma das principais doença nos dias atuais.

A depressão é uma das doenças que mais afeta os dias atuais, provocada pelo sofrimento e desconforto no ser humano, tendo início nas perturbações psíquicas e funcionamento do organismo. O deprimido se mostra incapaz de controlar os conflitos entre ele e o ambiente, dando assim, o início a depressão.


Os sinais e sintomas da depressão são as dificuldades de controlar os conflitos e impulsos internos e externos como: humor deprimido, energia diminuída, vontade e pragmatismos rebaixados, alterações do humor (tristeza, irritabilidade, falta da capacidade de sentir prazer, apatia) alterações cognitivas, psicomotoras e vegetativas (sono, apetite). Portanto o sintoma da depressão pode surgir nos mais variados quadros clínicos, entre os quais: transtorno de estresse pós-traumático, demência, esquizofrenia, alcoolismo, doenças clínicas, luto, etc. Podendo ocorrer em situações de estresse, ou em circunstâncias sociais e econômicas diversas.


Para o paciente desenvolver a depressão depende da libido não existente no individuo. Na psicanálise os instintos que os compara com a fome e o amor são os instintos sexuais, como Freud argumenta: “fazemos uma distinção entre os instintos preservativos ou instintos do ego, por um lado, e os instintos sexuais, por outro lado a força pela qual o instinto sexual está representado na mente chamamos ‘libido’ - desejo sexual – e consideramo-la como algo análogo à fome”. Neste aspecto podemos dizer que a forma assumida pela depressão é determinada pela inexistência de libido.


Freud em História de uma neurose infantil e outros trabalhos volume VXII 1917-1918, relata: “Nossos esforços terapêuticos obtêm seu maior êxito com uma determinada classe de neuroses que provêm de um conflito entre os instintos do ego e os instintos sexuais. Porque, nos seres humanos, pode acontecer que as exigências dos instintos sexuais, cujo alcance se estende muito além do indivíduo, pareçam, ao ego, constituir um perigo que ameaça a sua autopreservação ou a sua autoestima. O ego assume então a defensiva, nega aos instintos sexuais a satisfação que almejam e força-os pelos caminhos estreitos da satisfação substitutiva, que se tornam manifestos como sintomas nervosos.” Analisemos, portanto, que existe um material reprimido no inconsciente do indivíduo, o qual esse material está relacionado à perda de libido ou relação objetal, vivendo em conflito com o eu existente (o ego), podendo surgir o que Freud na época chamava de melancolia (perda da libido ou de um objeto de prazer) e hoje na modernidade chamamos de depressão.


Portanto, Freud refere-se "à melancolia" no singular baseado no pressuposto de que, em todos os casos, o princípio seria o mesmo: "um luto pela perda da libido" (p. 99). Da melancolia, escreve Freud, eis a melhor descrição: "inibição psíquica com empobrecimento pulsional e dor a respeito dele" (Masson, 1986f, p. 102).


Durante o processo de tratamento através da psicanálise, um dos objetivos, é libertar o que se encontra reprimido ‘em relação à libido’ no inconsciente, onde gradativamente torna-se consciente o material reprimido. Descobrindo assim o individuo, por si mesmo as resistências, que são por sua vez assinaladas pelo psicanalista durante o processo de tratamento. Como destaca Fred “Já definimos a nossa tarefa terapêutica como algo que consiste em duas coisas: tornar consciente o material reprimido e descobrir as resistências”.

 

Roseli D Morais

Formação: Matemática e física; Especialização em pedagogia e Psicopedagogia; Psicanalista/didata; Grafóloga; Cursos especializados em Programação Neurolinguística, Hipnose e regressão; Cursando Pós Graduação em Psicologia Psicanalítica.

Atuante nas áreas: Terapeuta/didata; Proprietária do Instituto Roseli D Morais; coordenadora e professora do Instituto de Desenvolvimento Carlos R. Mussato; coordenadora do CAPS na secretaria de Saúde no Município de Nova Odessa; Palestrante e consultora na área de relações humanas em empresas privadas.

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